domingo, 1 de agosto de 2010

Porto

Eu não vim até aqui pra isso, eu não sou daqui, eu não pertenço a esse mundo. Saber que é uma personagem de uma terra estranha. Um estrangeiro sem pátria. Um morador sem casa. Não saber de onde é, e nem pra onde voltar.

O sentimento é que dá nó em tudo, devia ser como um animal irracional que apenas vive o que é pra viver. Sem se enroscar, sem parar pra pensar, sem se atormentar, sem se preocupar com o ontem o hoje e o amanhã.
E se não dermos mais bola pro sentimento, e se apenas vivermos o que somente é pra viver.
Esperar a mercê do tempo das horas dos dias, até o fim de tudo.
Andar por ai como um cigano, apenas com a sede de beber, e com a fome de comer.
Não ligar pra conquistas, vitórias, derrotas e globalização dos eus dos és.
O que és?
Não és nada além de um pedaço de matéria suspensa no ar.

Para porcaria do que fomos, do que somos, e do que estamos nos tornando.

Hello stranger.

moonshine

não imagina o que tinha mais além, quebrando à esquerda. maior que tudo e que todos.