ah, me avisaram que você constroi frases usando as palavras na ordem inversa.
construo. desenvolvi a linguagem com a minha terapeuta. não me pergunte a razão. nem sempre existem razões, motivos, fundamentos, justificativas. "oiedo racilpxe o euq è levàcilpxeni. (interrompe o discurso abruptamente e, mirando um ponto fixo, enrijece o corpo. mantém o braço direito esticado, como se pretendesse alcançar algo numa pratileira alta. depois de três minutos, relaxa.)
você gostaria de ter um namorado?
namorado... gostaria, gostaria... para passear, jantar, almoçar, tomar café. beijar, não. abraçar, não. dói. incomoda. prefiro que não encostem em mim. que não me afoguem, asfixiem, prendam, sufoquem. se necessito de abraços, recorro à máquina que meu tio júlio inventou.
máquina?
sim, a máquina de abraçar. a tal... instambul, nokia... a tal... esmirna, lg, ancara, samsug, apple... máquina... de abraçar...
obs: texto tirado da página de entrevista da revista "bravo".
sexta-feira, 25 de junho de 2010
sábado, 5 de junho de 2010
this isn't happening
no mais queria apenas andar pela rua.
sentir o vento daquele outono triste.
esperar que à noite caia e traga um pouco da paz que não encontrava em lugar algum.
a escuridão trazia conforto...
e o conforto era algo que o deixava mais perto do pouco que era a sua vida.
comprou um cigarro para aliviar o desejo e uma cerveja para matar a sede.
andava como se não mais precisasse voltar.
procurou algo que não mais encontrou em lugar nenhum.
voltou pra realidade que nem era mais sua.
sentir o vento daquele outono triste.
esperar que à noite caia e traga um pouco da paz que não encontrava em lugar algum.
a escuridão trazia conforto...
e o conforto era algo que o deixava mais perto do pouco que era a sua vida.
comprou um cigarro para aliviar o desejo e uma cerveja para matar a sede.
andava como se não mais precisasse voltar.
procurou algo que não mais encontrou em lugar nenhum.
voltou pra realidade que nem era mais sua.
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