Estou numa maratona de filmes que fazia tempo não tinha. Agora que voltei a ter a conta no site ‘makingoff’ graças ao @andreydonelli, estou baixando muita coisa. Coitado do meu hd que vai super lotar novamente [oi, @diegodug].
Dos filmes que assisti destaco três em especial: “Antichrist” de Lars von Treier, “La belle personne” de Christophe Honoré e “Nome Próprio” de Murilo Salles.
Antichrist foi muito criticado pelo excesso de violência e sexo nas cenas e em como o tema foi abordado pelo diretor. O filme conta a história de um casal que após perder o seu filho [ainda bebê], se isolam numa floresta sinistra onde ali se deparam com o inesperado e tenso desenrolar da história. O filme tem uma fotografia tensa, uma trilha sonora clássica que casa corretamente com os acontecimentos do filme e um entrosamento muito bom entre os atores. Como já é sabido eu sempre discordo das criticas, aqui não seria diferente. O filme me agradou muito sim e me levou em algo novo que fazia tempo não via em filmes, pra mim não é problema nenhum ver o diretor “vomitar” na telona tudo o que normalmente a quem assisti não gosta de ver.
La Belle Personne do Honoré é o meu preferido, diferente de Antichrist, já li muita coisa boa sobre este. A história se foca entre quatro personagens, são três alunos e um professor que dentro de uma escola com aspectos rústicos e mal acabados se desenrola o roteiro e nisso Honoré é craque. A personagem central da história se muda para essa escola e chama atenção de quase todos entre esses do professor de história [Louis Garrel, só em filmes do Honoré, né. Rs.]. Surge um relacionamento delicado e lírico entre eles. O que mais me chamou atenção no filme é a maneira com que Honoré usou a câmera, se aproximando profundamente do rosto da personagem onde faz com que nos apaixonemos por ela, a fotografia “seca” e escura dando uma melancolia sofrida juntamente com as expressões que a personagem usa quase em todo o filme. É um longa curto que foi feito para ser exibido na televisão francesa, e esse é um outro triunfo do filme, se a história se alongasse muito, ia perder o seu charme. Há muitas cenas que eu gosto muito, mas tem uma em que a câmera começa a “paquerar” a personagem num café em que ela entra pra se esconder da chuva que deixa a gente até atordoado de tanta beleza e poesia.
Nome Próprio é um filme tenso, centra na história de Camila que saí de sua cidade natal e vem embora pra São Paulo onde se “enrola” completamente em vários acontecimentos, com isso faz com que ela se canse da figura humana e passe a desprezar e usa esses pra seu beneficio. Nem por isso ela se torna uma personagem “mal caráter” e sim ela é verdadeira em suas opiniões e atitudes. Como o próprio cinema, a literatura e a arte em modo geral mostra que é na dor que normalmente nasce à criatividade, Camila usa uma ferramenta que era uma novidade na época que é o blog e os e-mails para expressar o que estava acontecendo com ela e as mudanças em sua volta. São cenas lindas que mostra ela digitando em seu blog e vai aparecendo em forma de letras na tela os seus versos e contos. A maneira em que o diretor usa a câmera também é impar, focando pontos importantes que valorizam mais ainda a história.
ps: percebe-se que usei muito a palvra "tenso", rssss... mas essa tensão são reais mesmo nas histórias.
domingo, 25 de outubro de 2009
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Um Outubro bom.
Sábado, 4 horas da manhã, acordo com a maior vontade do mundo. Tomo aquele banho, visto a minha melhor roupa, passo o meu melhor perfume, tomo um café forte, escovo os dentes pego a minha mala, me despeço dos meus e vou matar a minha saudade.
Chego à cidade e no local combinado um pouco atrasado [aqui não relatarei o motivo do atraso]. Do vidro do ônibus já avisto o meu amor, desço as escadas e vou ao seu sentido. Aperto a sua mão com uma vontade enorme de abraçá-lo e beijá-lo, mas me contenho.
Percorrendo o caminho que dava até o hotel, falamos da viagem que ambos fizemos, eu um pouco nervoso com a presença dele, ele, com aquele pequeno olhar o mais fofo do mundo.
No hall do hotel acertamos os últimos acertos e entramos no elevador. Pego em sua mão e ele diz "tem câmeras por aqui?". Quando dei por mim já estava beijando-o loucamente na cama confortável do quarto, uma explosão de sentimentos e saudades, recordações e expectativas de como seria aquele fim de semana.
A vida às vezes nos reserva surpresas maravilhosas.
A fome faz com que paremos, alimentamos o corpo, pois ele é a moradia do nosso amor.
O amor deu um tempo.
Saímos pela cidade, ele acha a cidade um charme, eu fico feliz.
À noite faz um frio comum no lugar onde tudo se torna maior ainda.
As ruas não mais são as mesmas. Elas cheiram a kaiak.
O amor não agüentou mais esperar, e fez-se a sua vontade.
Acordamos com um dia 'sinzento' e triste, era o nosso último dia juntos. Chovia muito e o nosso café da manhã foi um pouco amargo. Permanecemos os últimos instantes no quarto, a tv ligada sem sentido. A chuva nunca que para, parecendo colaborar com a nossa imensa vontade de não mais sair daquele lugar que foi tão nosso por um período tão longo e curto.
Não podemos mais adiar a realidade dos fatos.
A vida às vezes nos reserva surpresas desagradáveis.
23:05 horas da noite de segunda-feira, ele entra no ônibus de vidro escuro, não mais posso vê-lo.
Chego à cidade e no local combinado um pouco atrasado [aqui não relatarei o motivo do atraso]. Do vidro do ônibus já avisto o meu amor, desço as escadas e vou ao seu sentido. Aperto a sua mão com uma vontade enorme de abraçá-lo e beijá-lo, mas me contenho.
Percorrendo o caminho que dava até o hotel, falamos da viagem que ambos fizemos, eu um pouco nervoso com a presença dele, ele, com aquele pequeno olhar o mais fofo do mundo.
No hall do hotel acertamos os últimos acertos e entramos no elevador. Pego em sua mão e ele diz "tem câmeras por aqui?". Quando dei por mim já estava beijando-o loucamente na cama confortável do quarto, uma explosão de sentimentos e saudades, recordações e expectativas de como seria aquele fim de semana.
A vida às vezes nos reserva surpresas maravilhosas.
A fome faz com que paremos, alimentamos o corpo, pois ele é a moradia do nosso amor.
O amor deu um tempo.
Saímos pela cidade, ele acha a cidade um charme, eu fico feliz.
À noite faz um frio comum no lugar onde tudo se torna maior ainda.
As ruas não mais são as mesmas. Elas cheiram a kaiak.
O amor não agüentou mais esperar, e fez-se a sua vontade.
Acordamos com um dia 'sinzento' e triste, era o nosso último dia juntos. Chovia muito e o nosso café da manhã foi um pouco amargo. Permanecemos os últimos instantes no quarto, a tv ligada sem sentido. A chuva nunca que para, parecendo colaborar com a nossa imensa vontade de não mais sair daquele lugar que foi tão nosso por um período tão longo e curto.
Não podemos mais adiar a realidade dos fatos.
A vida às vezes nos reserva surpresas desagradáveis.
23:05 horas da noite de segunda-feira, ele entra no ônibus de vidro escuro, não mais posso vê-lo.
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