sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Caetano/Moscou/Rio/Fuso/Confuso/Caetano


Caetano continua um metido, em sua mais nova entrevista no programa do Jô ontem a noite, ele “se fez” que confundiu estar o ano todo em Moscou sendo que ficou uma semana, disse ele que pelo fato do fuso horário esteve perdido em não sabia onde estava. Caetano, você me deixa tão feliz.
E mais, disse que o Brasil está sim melhorando, nesses 30 anos o país está bem melhor do que pior. Mas é lógico que ele acha isso, vive mais em Moscou do que aqui, segundo ele a cidade da basílica de São Basílio tem o inverno mais rigoroso de todos, põem um cachecol Caetano, sugestão minha, não quero vê-lo resfriado.
Caetano fala muitas coisas, e entre todas que fala disse que Radiohead é a banda mais inovadora de todos os tempos e que Chico é o poeta do improviso.
Tem um blog, muito interessante e proveitoso, ele mesmo escreve e responde. Troca à noite pelo dia, não tem celular e nem câmera fotográfica, diz que sempre tem alguém que tira fotos pra ele.
Ele quer ser inovador também? Quer e está sendo, seu novo show no Vivo Rio, toma um clima todo jornalístico e de improviso, ele e mais banda entram no palco sem muito saber o que irá acontecer. Deixa a onda me levar, será isso? Caetano, você me deixa tão feliz duas vezes.

Enfim, Caetano é sim um músico do mundo, eu particularmente gosto dele, tenho quase toda a discografia em cd, mas não o ouço no pc e nem no ipod. Prefiro ouvir deitado em meu sofá no som da sala.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Chama a Vinheta.

Nesse exato momento, em algum lugar do “emergente Brasil”.

O que será que todos do núcleo de jornalismo esportivo da Rede Globo deve estar pensando? O que será que o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) deve estar se perguntado agora? Depois desse fiasco que foi a apresentação da delegação brasileira nas Olimpíadas Beijing 2008.
O COB e a Rede Globo se encontraram num almoço. A Rede Globo, não sabemos o porquê mandou Galvão Bueno e o COB, o seu representante de imprensa.

COB: “Não temos como organizar as Olimpíadas aqui no Brasil”
Galvão: “A Rede Globo me mandou chamar a vinheta”
COB: “Teremos que primeiro preparar os atletas. Para melhor representar o país”.
Galvão: “Chama a vinheta” BRASILLLLL.
COB: “Vocês viram que a China deu um salto significativo no quadro de medalha”.
Galvão: “Chama a vinheta” BRASILLLLL.
COB: “Sabemos que a Rede Globo está muito interessada no evento, mas”.
Galvão: “Chama a vinheta” BRASILLLLL.
COB: “E outra coisa a nos incomodar, teremos que revitalizar o Rio de Janeiro todo”.
Galvão: “Chama a vinheta” BRASILLLLL.
COB: “Mas também teremos que pensar na segurança”.
Galvão: “Chama a vinheta” BRASILLLLL.
COB: “Isso é opinião minha, o país todo em desordem e eles querendo as Olimpíadas aqui”.
Galvão: “Chama a vinheta” BRASILLLLL.
COB: “Qual é o parecer da Rede Globo?”
Galvão: “Chama a vinheta” BRASILLLLL.
COB: “Bom temos muito tempo pra resolver isso ainda”.
Galvão: “Mas que sacanagem, o futebol de novo nos deixou sem o ouro, que venha a Copa do Mundo”.
“Chama a vinheta” BRASILLLLL.

É ridículo o que acontece nesse país, que engatinha basicamente em tudo. E a imprensa, aquela que é acessível a todos (globo), passa a imagem de “oba-oba” sempre.

Vinheta sugerida: “ACORDA BRASIL”.

sábado, 16 de agosto de 2008

Rugas

Não me agrada nem um pouco ouvir na música brasileira a vogal “i” onde esta não existe, ex: “você 'feiz' a minha voz ecoar” isso me broxa.
Outra coisa que me broxa é aquela pessoa no msn, que não quero falar, mas ela sempre vem com um dialogo de cansar. Sempre. E a pessoa que eu quero, fala meia dúzia de palavra. Isso é de matar, não?
Não gosto que falem mal de nossas origens portuguesas. Acho os portugueses tão fofos, e fato, a nossa terra na época da colonização era somente aproveitável para exploração.
Fico tão chateado quando por boa vontade vou dar parabéns a uma pessoa na página do orkut, e do nada começa um som do “caralho” cantando “parabéns a você” atrapalhando por completo a música que estou ouvindo. E isso pra mim é irritante, nada pode atrapalhar minhas músicas, dependendo da pessoa desisto de dar os parabéns. Alias por que tanta bobeira no orkut?
A área de trabalho do meu pc tem que estar sempre em ordem, não gosto dela toda cheia, e a resolução sempre no mínimo.
Bravo eu fico quando vou usar a pia do banheiro de casa e ela está suja, vou direto descarregar no meu irmão, é sempre ele quem faz isso. Ele nem me dá credito, o que me deixa mais bravo ainda. (risos)
Não gosto de insistências, tipo: vamos, vamos, vamos, vamos, come, come, come, come. Não insisto e não gosto que façam isso.
Identifico-me muito com o personagem Melvin Udall do Nicholson em “Melhor é Impossível”, quem viu sabe o que digo. Como Amélie, muitos se identificam com Melvin.

Eu, Melvin: tenho que tirar a chave da porta da sala, fechar o vidro da janela do quarto para não pegar resfriado, beber café na xícara e água no copo, talheres e louças sempre secas, não uso toalha de banho e meias se não forem brancas.
Paro aqui com esse texto. Não quero assustar os visitantes do blog. (risos)

sábado, 9 de agosto de 2008

Flores

Deixei flores na porta de sua casa, as mais lindas que achei. Tem um grande campo que andara visitando sempre, nele há cartazes “não apanhe flores”, mas olho para elas e não resisto, acabo colhendo-as. Nelas vejo o seu sorriso, o seu perfume. Resistível não levar.
Ultimamente você não tem as pego em sua porta, me pergunto o porquê. Mesmo assim continuo deixando, já é um ritual para mim.
Gozado que continuo fazendo as mesmas coisas que fazíamos quando estávamos juntos, vou ao nosso restaurante preferido, ando pela rua, olho na casa de doces, como você fazia, lembro de sua voz dizendo “quero pirulitos caramelos e chocolate amargo”.
Fui a nossa praça. À noite sonhei que realizava o seu desejo em por nela o nome de nossa música preferida, penso em fazer isso.
Andei pelo vasto jardim, sentei em nosso banco, risquei o teu nome nele, desenhei você e eu de mãos dadas, um desenho um tanto feio você ia rir. Logo tive que sair correndo, do nada caiu uma chuva, igual do natal passado, lembra? Você me puxando pela mão e falando que não podíamos nos molhar, pois era natal e eu dizendo que você era boba.
Peguei aquele filme que você odiou, só porque o casal não fica no final.
Não tem sentido, olho em frente e não vejo nada. Ouço nossas músicas todo o dia, leio o mesmo trecho do livro que líamos antes de dormir. Vou até a janela, olho lá em baixo para ver se você vem voltando com o pão quente. Continuo tomando banho de porta aberta esperando por você.
Esses dias eu entrei em sua casa, peço desculpas, estava tudo tão sujo e desarrumado que acabei limpando, achei estranho, você que sempre é cuidadosa com a casa.
As flores continuam na porta, murchando uma a uma, a carta também, peguei e a levei comigo, fui até o grande campo, sentei numa pedra e li em voz alta. Doe o fato de você não estar mais comigo, penso em tudo o que podíamos ainda viver. Achei um refugio, agora irei só observar de longe as flores, não mais apanharei.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Alice

Ela andava fazia algum tempo, não tinha destino algum, nem sabia o por que andava. Mas assim continuava. Até que seu corpo pedindo por descanso parou. Sentou em uma sombra de choupo e ali contemplou a paisagem. Perdeu-se em pensamentos, não achava respostas para tudo o que havia em sua cabeça.
Não sabia o por que de tanto transtorno e aborrecimento.
Naquele momento como se num passe de mágica o mundo começou a dar voltas e mais voltas em sua cabeça. Ela tentava reagir e nada acontecia, viu areias de praias brancas de cegar os olhos. Logo o escuro a dominou, tudo parecia sombrio e assustador, não conseguia sair dali, alguma coisa a prendia e a puxava para aquilo.
Depois de um tempo ela se sentou, como se alguém lhe estendesse a mão e a coloca-se de volta a vida. Olhou a paisagem, era tudo tão verde e claro que o que passou de fato passou, novamente não sabia explicar nada.
Voltou a andar, precisa de água. Precisava de muita coisa, mas primeiro ia se preocupar em manter-se viva, não achava água. Desistiu e parou, sua vista estava cansada, fechou os olhos como se tentasse olhar dentro de si para dar fim aquela agonia.
O corpo dela estava podre, e o fedor era tanto que ela vomitou. Jogou pra fora álcool, cigarro, tempo perdido, amores que não deram certos, homens que entraram e saíram ao mesmo tempo, inveja, trabalho demais, comida demais, barulho, mentira, solidão, multidão, sujeira.
Era tanta podridão que ela quis morrer. Deitou e olhou para céu. Estava de um azul de sua infância, lembrou-se da rua que andou, conversas amistosas, beijos sem malicias. Constatou que nada daquilo teria retorno, que apenas era uma nostalgia passageira.
Continuou a andar. Estava leve, sóbria, muito do que atrapalhava havia ido embora. Olhou atrás, quis voltar, mas faltou-lhe coragem. Ia dar fim aquilo, não queria viver mais.
Lá bem longe, onde tudo era calmo e de lá um dia ela saiu. Havia pessoas que a amavam e esperavam. Sempre olhando na janela, na porta, no correio. Em busca de algo que fosse a seu respeito. Nada chegava.
Até que um dia, uma pessoa adentrou a casa, e perguntou se ali morou uma menina de nome Alice. Responderam que sim. A pessoa abaixou a cabeça e sem coragem de olhar nos olhos de tristeza daquela senhora disse: “encontraram uma moça morta e que se chamava Alice, deve ser da senhora”. Entregou os documentos da menina, e foi embora.
A senhora sentou-se e olhou em volta. Ali estavam retratos de Alice, coisas de Alice. Vícios de Alice. Alice ali estava e não estava. Por muito tempo a mãe chorou, e aos pouco começou a tirar Alice dali.
Alice, não mais existe. Quem lembra de Alice?

domingo, 3 de agosto de 2008

Tempo perdido

Estranho o tempo que gasto no msn, orkut e afins. Estou para descobrir o que me faz sentar em uma posição que com o tempo se torna insuportável e mesmo assim ali fico por horas a fio. O orkut, fora criado para se conhecer pessoas novas e dali trocar informações e conhecimentos, nem sempre isso acontece. O msn? Difícil achar contando 10 pessoas interessantes, e por que mantenho uma lista enorme de contatos? Respostas ainda que não tenho.
Sim, tem muita coisa interessante para se buscar na grande web. Mais se somarmos o tempo maior que ficamos sentados na frente do pc, o resultado será 30% orkut, 50% msn e 20% outros. É estranho, muito por sinal.
E aquele contato que tenho e nunca converso. O que se fazer? Excluir, para qual finalidade estar uma pessoa ali se ao menos nem sei muito dela, mas ela continua, hora usa um nick mais doido que o outro, com cores que me dá medo, mas ali o contato continua, penso que terá alguma finalidade um dia? Não sei, deve ser.
São coisas estranhas essas que queria ter respostas, e não tenho.
Há coisas pela qual me dá tesão de sentar aqui. Descobrir músicas novas e isso eu devo a poucos contatos, três no máximo. E não venham pensar que eu quem não escolhe melhor os meus amigos, porque não é. Simplesmente é difícil achar uma pessoa em cem interessante.
A música, essa sim merece que eu fique aqui, mas eu poderia muito bem coletar todas a músicas que tenho no computador e por em cd e ouvir em um som deitado em um sofá confortável quando tivesse o desejo de ouvir. Não faço isso. Continua aqui.
Deve ser algum vicio incontrolável esse o meu de ficar aqui. Ou até mesmo falta do que fazer.
São respostas que ainda não tenho. Ou não queira enxergar. (risos)
O fato é que gosto, e por aqui vou ficando.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Nina Simone

As vozes entram pelo meu ouvido e viajam dentro de mim, às vezes sai rápido, outras ficam por dias e outras ainda por longos meses. Vozes como de Thom Yorke que fincaram raízes dentro de mim, e não sai mais. Vozes agora de Nina Simone na música Ain’t got no...
Não a conhecia muito bem, por indicação do Pedro vi um vídeo (maravilhoso) de um festival em que ela simplesmente é perfeita.
Não estou ouvindo agora, pois prefiro escrever em silêncio e a voz permanece em mim, o gingado dela em seu piano, os brincos balançando, com certeza irá ficar aqui por um bom tempo.

Tem vozes que imagino também, essas de pessoas que só tenho contato escrevendo, então fico pensando, ‘qual voz será tem fulano, qual voz será tem sicrano?’ (adoro palavras rústicas).

Agora vou ouvir vozes, vozes de Björk. Vozes que me acalmam, que me deixam eufórico.

ele o desejo.

ele: bonito, atraente e de conversa refinada.

ele: culto, temos gosto comum por filmes, livros e músicas.

ele: meigo, inteligente, frágil e sensível.

ele: os lábios mais carnudos que já vi mordendo um morango.

ele: sempre pronto para conversas, novidades.

ele: sempre me alegrando.

ele: quer ser modelo, jornalista e publicitário.

ele: queixa de dores.

ele: reclama por não ser compreendido.

ele: sai à noite, debaixo de chuva e molha os livros.

ele: é simples e ao mesmo tempo descolado.

ele: está sempre ali, mais não vem até mim.

ele: não me compreende.

ele: saiu e me deu um até logo seco.


through the storms and the light.
baby you stood by my side.
and life is wine.
you feel the sweet breath of time.
it's whispering, its truth not mine.
there's no i in threesome.

no i in threesome- interpol.

Tentativas

Não me sai da cabeça a música do Interpol No i in Threesome, que alias é o nome que dei ao meu blog. De tantas tentativas esse espero ter mais carinho e cuidar melhor, divulgar se possível e postar sempre.


Hoje fiquei um pouco pensativo em umas coisas que andam a passar pela minha cabeça. O que fazer para se declarar? Se declarar a alguém que ou sabe que você se interessa por ele e finge não saber ou não sabe mesmo, depois de tantas deixas, bandeiras e indiretas. Um amigo me disse para ser mais direto. Mais logo em seguida eu disse, que ser direto para mim era correr riscos, esses, de ser rejeitado de ser bloqueado de não mais ter o contato que tenho com ele.
Por que pior de ser rejeitado, é ser esquecido para todo sempre. Então o que fazer? Se declarar, tomar riscos? É, acho que “riscos” e “e não tentar”, melhor ariscar e ter um não na cara. O que vem depois? Eu tento me resolver e pedir ajuda se necessário a amigos. Eles são exatamente para essas horas.

Não, não darei isso pra ele ler. Quero eu dizer pessoalmente.