sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

chuva.

e sigo a vida chorando.
por esquinas jamais sonhadas, por escadas esfoladas.
pelo céu negro que escurece o dia.
pela enxurrada que lava as calçadas.
pelas águas que viram beleza na janela certa, e desgraça na janela errada.
onde não há mais estrelas.
há um tormento sem igual... há um desespero atormentado.
a rua, vira mar.
os carros, viram barcos.
pessoas, estatísticas.
e a vida segue o seu igual. a vida não tem tempo para o desencontro.
a cama que não vai mais ser dormida.
a vida segue seguindo.
ninguém chora mais, o que ontem aconteceu.
o ontem que foi hoje e que não será amanhã.

3 comentários:

Eder Sallez disse...

os olhos não enxergam completamente quando estão molhados :(

Vanessa Valle disse...

lindo! como se acha a beleza nos momentos mais tristes.
lindo demais.
(vizinhos de last ;))

aline disse...

lendo seu post lembrei de um amigo que sempre dizia 'no final, viraremos apenas números'
eis a dúvida...