passando de leve, correndo devagar, retrocedendo.
as mãos vão deslizando como num passeio sem fim pelo corpo nu.
os lençóis no fim da cama, as camisas espalhadas pelo chão.
os pés se encontram num balé desproporcional.
o suor se junta com as salivas. os corpos tremem.
os lábios se encontram, e uma das mãos alisa o cabelo.
o ventilador está numa rotatividade contraria ao que vemos.
o som de fora não nos incomoda.
o corpo sente sede.
no canto da cama há garrafas com água acima de cem graus.
os dedos enganam, os olhos fecham... e abrem... (silêncio)
o suor escorre pelo corpo todo.
há porra no canto superior dos lábios.
a respiração profunda faz com que o corpo se arrepie.
encontro de lábios dura uma noite inteira.
o sol arde forte lá fora, e um pequeno passo, faz com que acordemos.
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
5 comentários:
Faltou um bolero ao fundo
irrompe a manhã, e apenas resta o corpo nu - a magia pertence ao breu da noite.
vc bem sabe que escreve muito bem.
continue assim fa
"encontro de labios dura uma noite inteira"
oun, que bonitinho :D
Nessas horas passa todo um filme na cabeça imaginando a cena.
assumo que fiquei meio "on" lendo esse post, falei.
Postar um comentário