Andando pela rua cabisbaixo, até que uma hora você se depara com a sua própria imagem refletida num espelho. Começa a se perguntar que imagem é aquela que vê em sua frente. Num momento você sente que não se conhece e não conhece nada ao seu redor, joga fora o maço de cigarros, tira o moletom porque sente calor, e sente necessidade de algo que nunca teve, mas que sente ser preciso.
Você continua andando, e perguntas antes que nunca haviam povoado a sua cabeça, começam a lhe perturbar. Músicas que antes eram agradáveis, agora são insuportáveis. Você sente sede. Mas não de água, também de água, mas a sede é de algo mais, algo que você nunca teve, que você nunca almejou, que você até então nem lembrava ter necessidade.
A canseira bate em seu corpo, você procura um lugar pra se sentar, mas não um qualquer, os seus olhos encontram um lugar agradável. Mesmo assim, não é o que você quer.
Seus desejos são outros, a realidade não condiz mais com o que você se tornou, mas como chegou nesse estado? Apenas a sua imagem refletida lhe fez acordar pra que você se tornou em tão pouco tempo?
quinta-feira, 30 de abril de 2009
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Caetaneando.
E a viagem pelo mundo musical continua super bem, obrigado.
Tem uma letra de uma música que me empolgou um tanto. A música se chama “o que será que te excita?”, do grupo carioca, Doces Cariocas. A letra pra mim, tem várias leituras, tem uma parte da letra que diz o seguinte: “o que será que te excita, bonecos de vitalino ou louças chinesas?” Eu logo percebi uma leitura nessa frase, o que de fato te excita, será que você está se excitando por coisas que realmente valem a pena ser excitado? A outra parte diz o seguinte: “o que será que te domina, exército de Roma ou bomba de Hiroshima?” Aí eu consigo ter várias leituras e uma delas é: o que de fato nos domina? Somos dominados por sistemas que nos empoem medo e que nos deixam em prisões, se você ficar em um lugar terá exércitos e se correr de outra terão bombas.
Mas aí a música começa a ter um novo rumo e a letra segue junto, olha que frase mais excitante (risos): “o que será que te balança, o xote de Dom Quixote, ou o can-can (?) que a França dança?” O que nos balança nos dias de hoje? O que será que faz com que fiquemos todo excitado e balançado? Depende de cada um? E a frase, cai bem pra quem? É assim mesmo, não tem como não fazer esses questionamentos.
Aí vem uma frase que eu acho muito fofa: “o que será que te adormece, mágica no cabelo, ou um abraço que te aquece?” Num mundo todo sofisticado e cheio de opções, às vezes e quase sempre o básico e simples é o que realmente importa.
A letra segue com mais curiosidades, mas paro por aqui. Sim, você pode ter achado isso tudo babaquice. Mas, cada um vê e sente a letra e a música de uma maneira própria.
Bom, eu falei tanto de Caetano Veloso no meio do ano passado com as suas novidades e delícias como sempre, no show em que ele estava promovendo um dia por semana no Rio de Janeiro, para a criação junto com o seu público do novo cd. Pois bem, o cd se incorporou, ganhou braços, pernas, corpo num tudo, cresceu e já está por aí, encantando e desencantando, por que não?
Eu baixei logo que entrei online já hoje à tarde, e não esperava outra coisa a não ser o belo cd que ouvi. Algumas faixas que foram tão discutidos no blog pelo autor e seus seguidores (incluíndo eu) estão no cd. Outras que com certeza saíram da inquietação de Caetano, também estão lá. E como sempre é um Caetano que inova, que incomoda, que traí tudo o que ele defendeu outrora, mas que acima de tudo não deixa de ser o próprio.
Eu ouvi muito essa semana o cd “Transa”, e digo que é mais o meu estilo do que esse novo de nome bem curioso e digno de la Caetano, “Zii & Zie”. Não estou menosprezando, não. Apenas concluo o meu gosto e favor.
Tem uma música no cd “Transa”, chamada “Mora na Filosofia” com letra de Monsueto e Arnaldo Passos, que anda me dominando total, a música começa com um batuque discreto e com um solo de violão bem baixinho quase como um risquinho em nossos ouvidos que vai nos deixando melancólico, depois entra a voz de Caetano cantando baixinho e aumentando conforme a música ganha corpo e vida. É uma poesia só.
Eu estou numa vibe Caetano.
Tem uma letra de uma música que me empolgou um tanto. A música se chama “o que será que te excita?”, do grupo carioca, Doces Cariocas. A letra pra mim, tem várias leituras, tem uma parte da letra que diz o seguinte: “o que será que te excita, bonecos de vitalino ou louças chinesas?” Eu logo percebi uma leitura nessa frase, o que de fato te excita, será que você está se excitando por coisas que realmente valem a pena ser excitado? A outra parte diz o seguinte: “o que será que te domina, exército de Roma ou bomba de Hiroshima?” Aí eu consigo ter várias leituras e uma delas é: o que de fato nos domina? Somos dominados por sistemas que nos empoem medo e que nos deixam em prisões, se você ficar em um lugar terá exércitos e se correr de outra terão bombas.
Mas aí a música começa a ter um novo rumo e a letra segue junto, olha que frase mais excitante (risos): “o que será que te balança, o xote de Dom Quixote, ou o can-can (?) que a França dança?” O que nos balança nos dias de hoje? O que será que faz com que fiquemos todo excitado e balançado? Depende de cada um? E a frase, cai bem pra quem? É assim mesmo, não tem como não fazer esses questionamentos.
Aí vem uma frase que eu acho muito fofa: “o que será que te adormece, mágica no cabelo, ou um abraço que te aquece?” Num mundo todo sofisticado e cheio de opções, às vezes e quase sempre o básico e simples é o que realmente importa.
A letra segue com mais curiosidades, mas paro por aqui. Sim, você pode ter achado isso tudo babaquice. Mas, cada um vê e sente a letra e a música de uma maneira própria.
Bom, eu falei tanto de Caetano Veloso no meio do ano passado com as suas novidades e delícias como sempre, no show em que ele estava promovendo um dia por semana no Rio de Janeiro, para a criação junto com o seu público do novo cd. Pois bem, o cd se incorporou, ganhou braços, pernas, corpo num tudo, cresceu e já está por aí, encantando e desencantando, por que não?
Eu baixei logo que entrei online já hoje à tarde, e não esperava outra coisa a não ser o belo cd que ouvi. Algumas faixas que foram tão discutidos no blog pelo autor e seus seguidores (incluíndo eu) estão no cd. Outras que com certeza saíram da inquietação de Caetano, também estão lá. E como sempre é um Caetano que inova, que incomoda, que traí tudo o que ele defendeu outrora, mas que acima de tudo não deixa de ser o próprio.
Eu ouvi muito essa semana o cd “Transa”, e digo que é mais o meu estilo do que esse novo de nome bem curioso e digno de la Caetano, “Zii & Zie”. Não estou menosprezando, não. Apenas concluo o meu gosto e favor.
Tem uma música no cd “Transa”, chamada “Mora na Filosofia” com letra de Monsueto e Arnaldo Passos, que anda me dominando total, a música começa com um batuque discreto e com um solo de violão bem baixinho quase como um risquinho em nossos ouvidos que vai nos deixando melancólico, depois entra a voz de Caetano cantando baixinho e aumentando conforme a música ganha corpo e vida. É uma poesia só.
Eu estou numa vibe Caetano.
domingo, 12 de abril de 2009
Desejo de Marcelo D2.
Esses dias andando pela rua eu ouvi uma música de um carro que estava parado no sinaleiro, a música me chamou tanta atenção que até parei pra ouvir melhor. Chegando em casa, liguei o computador e fui até o site vagalume, digitei lá um trecho da música e logo ele me deu o nome dela, era uma música do Marcelo D2, chamada “Vai Vendo”, descoberto o nome, coloquei pra baixar. Chegado o dowload, bora ouvir. Como todos sabem, o que ouvimos no winamp ou similares é visível no messenger, e como estava logado lá, pronto, choveu de pessoas me censurando pela tal música que estava ouvindo.
No mesmo momento me ocorreu um questionamento: qual é o problema em ouvir Marcelo D2? Qual é o problema em ouvir o que sentimos vontade de ouvir? E no mesmo questionamento, me veio à resposta, nenhum problema.
As pessoas estão tão habituadas com o que ouvimos, com a maneira em que agimos, que quando saí algo do convencional, elas assustam e nos censuram.
Estamos em constante mudança, as pessoas tem que saber lidar com isso e aceitar essas que ocorrem aos seus e em você próprio.
Nada impede que eu ouça um estilo de som completamente diferente do que eu estou habituado a ouvir. Nada o impede também.
Você é a soma de suas ações, você é o que sente. Não se censure e se esconda por ouvir essa ou aquela música, por ver esse ou aquele filme, por tomar uma atitude completamente diferente e fora das que você está acostumado a tomar. Aceite as mudanças que ocorrem em você numa boa.
Se você recusar isso, vai vestir máscaras pro resto de sua vida.
No mesmo momento me ocorreu um questionamento: qual é o problema em ouvir Marcelo D2? Qual é o problema em ouvir o que sentimos vontade de ouvir? E no mesmo questionamento, me veio à resposta, nenhum problema.
As pessoas estão tão habituadas com o que ouvimos, com a maneira em que agimos, que quando saí algo do convencional, elas assustam e nos censuram.
Estamos em constante mudança, as pessoas tem que saber lidar com isso e aceitar essas que ocorrem aos seus e em você próprio.
Nada impede que eu ouça um estilo de som completamente diferente do que eu estou habituado a ouvir. Nada o impede também.
Você é a soma de suas ações, você é o que sente. Não se censure e se esconda por ouvir essa ou aquela música, por ver esse ou aquele filme, por tomar uma atitude completamente diferente e fora das que você está acostumado a tomar. Aceite as mudanças que ocorrem em você numa boa.
Se você recusar isso, vai vestir máscaras pro resto de sua vida.
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