Ele andava na rua quando o encontrou, era a figurava mais harmoniosa que tinha visto, fumava um cigarro, vestia roupas leves e seu cabelo balançava com o vento. Passou por ele, e aqueles poucos segundo em que esteve tão perto, se fixaram na memória. Olhou para traz ele seguia em frente, continuou a caminhada, olhou para traz novamente ele havia parado em uma cabine telefônica.
Decidiu ir em sua direção, quando passou por ele não teve “cara” de olhá-lo, tinham bancos ao redor da cabine e resolveu sentar, ele saiu da cabine e atravessou a rua, fez o mesmo, discretamente, começou a segui-lo, parou em um bar que dava para uma esquina, passou por ele e o esperou na ruazinha da mesma esquina, mas de onde estava, ele não era visível, então, decidiu atravessar a rua para um ângulo melhor, de dentro do bar ele o avistará, e já o encarava, o seu coração disparou, ele com certeza já notará que alguma coisa "ali tinha".
Saiu do bar e o encarou, sem jeito abaixou a cabeça, ele seguiu o seu caminho, deu um tempo e fez o mesmo.
Havia dois destinos possíveis que poderiam ser o dele, o centro comercial da cidade, onde havia grande movimento e um outro que era sossegado, ele tomou a segunda opção.
Logo em seguida havia uma praça, um pouco abandonada, lá ele parou, sentou em um banco e acendeu um cigarro, passou por ele, ele o chamou, pediu informações e ofereceu uma tragada. Sentou junto a ele e aceitou o cigarro, começaram a se falar, ele não usou de meia palavras e perguntou se o seguia, já virá que ele era direto e não perdeu tempo, “sim, eu estou te seguindo desde que te encontrei”, ele o encarou e o perguntou, “o que você faz?”. Essa pergunta o assustou, “o que eu faço, como assim?”, “você não ia me seguir até aqui, para pedir cigarro, certo?”.
Nessa altura da situação, era hora de ir direto no que desde sempre já queria, “quero te ter”, ele o encarou e perguntou “onde podemos?”, “tem um lugar calmo que fica perto de onde estamos”.
Ele se levantou e disse para irem até lá, era um lugar isolado, tipo uma bifurcação e lá entraram, começaram a se beijar a se abraçar, o corpo de um com o encontro do com o corpo do outro, começaram a se despedir, o cheiro dele o deixou em brasa, era o perfume mais forte que sentira. As mãos iam de um lado para outro, as bocas tocavam parte intimas do corpo, se encontravam com tanta força que não se largaram por um bom tempo.
Não houve mais diálogo entre eles. Separaram com um aperto de mão e ele disse: “foi um prazer”, o encarou e respondeu: “o prazer foi todo meu”.
Não houve troca de telefones, nem mesmo um possível novo encontro.
Um foi para um lado, outro seguiu para outro, mais uma vez se olharam e ambos sorriram.
Fazem duas semanas do acontecido, o cheiro dele continua em sua camiseta, ele resolveu não mais lavar desde então.
terça-feira, 21 de outubro de 2008
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Um comentário:
Eu nunca tive essa coragem. Fui seguido uma vez. Mas me faltou coragem.... Acho que seria muito parecido com sua historia. E isso nao é ruim. Apenas duas pessoas que se encontraram e, nao sendo hipocritas, admitiram o que de fato queriam. Sem rodeios.
Achei alguem como eu! Prazer =)
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