quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

good bye, 2008.

tags de 2008.

Dias quentes, dias frios, cachorros, ruas, radiohead, chuvas, mamãe, Carla Bruni, saídas, Adeus trema, sítio, Gabi, Claudia, Eduardo, papai, Mariana, Dorfo, música, semana, dias, números, filmes, cds, cores, imagem, sentidos, cheiros, cheiro de terra molhada, ir ao cinema sozinho, dormir dentro da sala de exibição, medo, alegria, BJÖRK, filmes, sofá, sentimentos, mar, céu, Renato Andrade, Violator, André’s, temporal, ponte, palavras, José Saramago, Hercules and Love Affair, Inês, IRMÃOS: Josué Fernando e Emilei, temperos, saladas, dormir tarde, não dormir, tranca, ficar na net mais de vinte e quatro horas por dia, varar o dia, corredor de casa, quarto, sondar, segredo, revelações, amigos, guardado, fingertips, Vinícius, heats a mess, pandora, pretinha, choros, the twist, amor, ódio, tormentos, vergonha, Otávio, dar a cara à tapa, Marcelo, gruta, escondidos, escadas, São Paulo, Itu, Sorocaba, estrada, carro, flores, não estar em nenhum lugar, querer estar em todos, violino, vontades, horror, tapar os olhos, querer ver tudo, árvores, Peter Bjorn and John, vento, Adeus... Adeus, ano velho.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Monossílabo

A: Oi.
B: Oi.
A: Tudo bem?
B: Tudo e você?
A: Tudo, também.
B: Que bom.
A: :)

Monossilábico: pessoa que fala uma ou pouca sílaba, segundo o dicionário brasileiro Aurélio.
Monossilábico: pessoa chata, que se não está bom para conversas, não entre no msn ou saia de casa, segundo minha opinião.
Vivemos a era do monossílabo, onde parece bonito falar pouco ou nem falar, no caso real esboçar caras e bocas e no caso virtual mandar emoticons.
Temos uma figura conhecida que é assim, a cantora que se diz alternativa Mallu Magalhães, as respostas das perguntas que fazem a ela, sempre são de uma cara pensativa antes, para uma resposta seca e nada a vê depois. A Mallu é chata, não nego aqui que ela despontou nesse ano que se acaba, que foi inteligente e sacou a nova era da música, mas não deixa de ser chata. Ontem no programa Alta horas [pra mim, o horário é ótimo do programa, pois é nesse momento as vezes que volto da rua], a atriz Flávia Alessandra sacou na hora a sua chatice e começou a tirar com a cara dela, tudo que o Serginho perguntava a ela, era uma reposta mais monossilábica que a outra, na boa, parecia que ela tava morrendo em palco.
Mallu Magalhães, volte para as fraldas.
Monossilábicos, sejam criativos.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Apenas ressaca.

E o Natal? Pode ser como uma data qualquer, depende do ponto de vista que você enxerga o mundo.
Pra mim, que não sou religioso, vejo como uma data em que muitos faturam e outros tantos perdem.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Chutar o balde, mas depois levantá-lo.

Longue vie à la simple.

Não acredite nas imagens editadas que você vê na tv, na verdade o que quero dizer, é que não fique muito tempo na frente dela, ela pode acabar com muito do que é bom em você. Não entre em ondinhas de “vamos matar o nosso português”, com preguiça de digitar as pessoas usam os famosos e conhecidos vícios “orkutidianos”, não seja mais um. Que o youtube é uma ferramenta poderosa e que em breve vai acabar com a nossa tv convencional [amém], nós todos sabemos, mas cuidado, não deixe ele te influenciar demais, “atóron périgon”, isso é um perigo, mesmo.
Com tantas informações, tantos dowloads, tantas bandas que lançam isso e aquilo, com tantos shows, tantos filmes, o que fazer? Se reservar mais ao seu simples cotidiano e dialogar com os seus, falo os seus de fato: família, amigos, colegas, vizinhos.
Pessoas que falam a verdade nesse país são demitidas, pessoas que não jogam lixo na rua são caretas, pessoas que respeitam leis de trânsito são pacientes demais, pessoas gentis são chamadas de chatas.
Cuidado!

Excusez la bulle.

As imagens que a tv mostra sobre o caso da pixação no saguão “vazio” da Bienal, só é pertinente a ela.
O canal de televisão com o nome Record, explora tanto a desgraça das pessoas, que para eles isso já é natural, o canal citado, chega a falar de um mesmo assunto mais de cinco horas ininterrupto, hora focando as imagens [seja ela qual for] e hora focando quem apresenta e comenta essas. É de dar medo.

Tudo em nome da audiência, quem tem mais, quem pode mais, que partido político é mais poderoso, que estilo musical é o melhor, uma discussão de tolos.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Vandalismo (?)

Antecedendo a 28ª Bienal de São Paulo, eu escrevi um texto sobre as novidades e ousadias da exposição desse ano, que entre tantas coisas, teriam obras onde o público pudesse interagir e um saguão vazio onde estes pudessem fazer o que bem pretendesse.
Eis que acontece de um grupo, que está sendo chamado de vândalos, meliantes, pixadores, baderneiros e entre tantos outros adjetivos, se manifestam no tal saguão vazio. Pixam frases como, “abaixa a ditadura”, “fora sistema”, logo a segurança da bienal é acionada e tentam conter o grupo, para quando a polícia chegasse, resolvesse o “pepino”, mas quase todos conseguiram fugir, sendo que só uma garota ficou no poder dos seguranças, foi presa com a chegada da polícia que a classificou como vândala e ameaça a patrimônio nacional.

Foi feito tudo errado, jamais ela poderia ser presa, até onde eu sei, ela não cometeu nenhum ato de vandalismo, o saguão foi feito para qualquer estilo de arte e manifestação, li no script da bienal, que dizia isso. E mais, uma das curadoras disse que isso só poderia ser um ato de gente da periferia. Com essa fala, ela classifica o que sendo periferia, o que sendo gente da periferia? Então se fosse um pintor e pintasse uma linda paisagem nas paredes do saguão, seria maravilhoso?
Segundo li, as notícias de vandalismo só ocorreram depois que os seguranças disseram que chamariam a polícia, então o grupo quebrou as vidraças e fugiu.

Li muitos blogs, que condenaram a ação da bienal e muitos que condenaram o que o grupo fez. O que aconteceu foi exatamente igual à proposta da bienal, interação total do público, e quando isso aconteceu, eles coagiram, não dá para entender, menos ainda as manifestações contra o grupo.

Ao meu ver, a bienal perdeu uma grande oportunidade de discutir o assunto.
Há textos por aí que classificam o grupo de gangues, e falam que sim, o grupo é uma gangue.


sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Falemos de amor e arte

Vitor.

Como é complicado, num encontro ser o primeiro a se retirar, a dizer tchau, até logo, a dar o último beijo, e também é difícil, quando você se depara que o seu parceiro fora o primeiro a dizer “tenho que ir embora”, isso é demais de embaraçado. Queria, que essas situações não existisse, mas, logo penso, e digo aqui, essas situações são deliciosas, ter de partir, para logo em seguida pensar em um novo encontro, bolar dentro da sua cabecinha uma situação que faça com que vocês se encontrem novamente, e assim matar a saudade.
Essa pessoa citada, esta me deixando com novas expectativas, ainda não sei se isso é bom, ontem, ficamos até as quatro da manhã conversando, falamos de tudo, eu o conhecia de vista, de comprimentos, amigo de amigo, surgiu a oportunidade de sairmos e a química rolou, temos os mesmos gostos, já combinamos de trocar cds, livros e dvds, pra mim isso é problema, mas com ele não sinto de repartir.
No fim do encontro, nos encaramos muito, até um entrar no carro e o outro ficar observando.

Dom Casmurro.

Bom, eu queria fazer esse comentário depois que terminasse a minissérie, mas, não me agüento, não escrevo esse texto deslumbrado, mas digo, adorei a minissérie, ela seria perfeita se não fosse uma figura que é importantíssima na história, Dom Casmurro, sim ele.
A presença da imagem dele em todas as cenas, me incômoda. Claro, ele quem narra a história, eu sei, e isso é lindo, mas precisava aquela figura corcunda seguindo todos as personagens? Ao meu ver, não, ficariam mais leves as cenas, se fossem elas somente narradas, sem a presença de bocas e caretas de choro e desespero de Dom Casmurro.
Porém, muito bom mesmo, o Luiz usar como separação das cenas os papéis de parede que é usado muito nas histórias espanholas, e as falas, pausadamente anunciado o seguinte acontecimento. E claro, a direção de arte impecável, o Bentinho andando pelo Rio de Janeiro, atual, lindo isso. À famosa parte do encontro entre Capitu e ele no muro, sendo este com o portão e as árvores, são riscados a giz, e hora a câmera fica no ângulo de cima e hora os mostram no ângulo de lado, dando a impressão que estão deitado e hora em pé, perfeito.
O figurino, então, de deixarmos de boca aberta.
A adaptação, Luiz Fernando prova que além de ótimo diretor, é também ótimo roteirista.

Uptade:
Falha minha, como pude me esquecer de falar de tanta coisa nesse post? Eu acho, que é por medo, de ser repreendido por ser um texto longo demais, mas, não posso deixar de falar de tantas coisas.
Como, por exemplo, a trilha sonora de Capitu, lindamente escolhida e se encaixando perfeitamente nas cenas. Ouvimos lá Beirut, Johann Pachelbel, Heitor Villa-Lobos, a guitarra pesada de Sex Pistols, o hip hop de Marcelo D2 e entre tantas outras coisas que não consegui identificar.
Encantado com a marcação de cena, como se fosse num teatro, quando as conversas ganham um tom “pesado” eles pausam a cena como se fosse uma fotografia e logo voltam como se nada tivesse acontecido, mas deixando resíduos.
O ator que faz Escobar, esta perfeito, ele parece que saiu das histórias de bruxos e bruxas dos livros infantis, com aquele olhar e idéias aritméticas.
Na verdade o elenco num todo esta muito bem.

p.s.: ondeio reler meus textos, sempre acho mil defeitos.
p.s. 2: e muitas outras coisas vão ficar perdidas em minha cabeça, e não vou por aqui, esses dias um amigo me disse que sou deslumbrado demais. (risos), concordo com ele.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Hoje é dia de Capitu

Hoje é dia de Capitu, com olhos de uma beleza sem fim.

Vem aí para deleite daqueles que só ligam a tv aberta nessas ocasiões, Capitu. Bom, podemos confiar em Luiz Fernando Carvalho? Sim podemos, o currículo dele, nos mostra que poucas foram as vezes que ele errou, enumerar aqui algumas de suas crias, as minisséries: “os maias”, “hoje é dia de Maria”, “pedra do reino”, o filme: “lavoura arcaica” e entre outros. Lendo algumas notícias que saíram a seu respeito, o que percebi, é que Luiz Fernando é um diretor que sabe onde quer chegar, que tem uma arte contemporânea que ao mesmo tempo se choca com o barroco. É tão cuidadosamente caprichoso o seu trabalho, e percebemos que há envolvimento de todos, num geral.
Como já venho dizendo a muito tempo, adaptação de livros para a tela e cinema me deixa de nariz torcido, em se falando de uma obra prima, que marcou uma grande geração, é de ficar amedrontado, certas adaptações, não deveriam nem serem feitas, mas devemos confiar no Luiz Fernando. As chamadas na televisão nos dizem pouco, mas eu assisti um making off, em que fiquei bobo, e com um desejo enorme de ver a minissérie.
Então, nos resta esperar.

Esperar, esperar e esperar.

Não vejo a hora de ser lançado “Alice”, com direção de Tim Burton, só na expectativa, né. Eu sou apaixonado pelo trabalho de Tim, nunca me decepcionei com ele, sempre primoroso e cuidadoso também com seus filmes.

Não mais falarei de Radiohead.


Cotidiano.

Ando me divertindo tanto com as vindas de meu primo Otávio pra minha casa. Ele é elétrico, já travou o meu computador duas vezes, já quebrou a capa do cd “tribalistas”, quebrou também o rodo de minha mãe. Se eu for por aqui todas as suas peraltices, esse post vai ficar enorme.
Mas uma coisa que fiquei rindo a toa, fora quando eu o chamei de “e aí moleque” e ele me disse, “eu, não me chamo moleque, me chamo Otávio”, olha que coisa mais fofa desse mundo, não concordam?
Teve uma tarde que fui com ele na praça central daqui de minha cidade, e lá tem uns chafarizes, que as crianças brincam, meus amigos, ele ficou encantando com as águas saindo do chão e subindo no alto, ele tem três anos de idade.