quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Quem ama, cuida!

Quando sente que uma pessoa cuida muito de você, que vive fazendo questionamentos sobre vários assuntos, que liga [não em hora e hora, porque isso é fixação], mas de vez em quando para ter notícias e ouvir sua voz, é porque esse alguém o ama muito e cuida do seu bem estar.

Com o tempo, descobrimos que os alertas que nossos pais faziam sobre a vida e os desafios que ela tem, não eram caretices e sim “bem cuidar”.

Aquela pessoa em off, com certeza o respeita como qualquer um deve respeitar um e outro, mas amar mesmo, é só aquela que liga, manda mensagens, recadinhos, o visita, o convida para passeios e faz surpresas. Às vezes aquela pessoa que você acha que pega demais em seu pé e às vezes o incomoda com isso, é essa pessoa que realmente se importa com o seu bem estar.

kind of blue.

o disco kind of blue é o suco de laranja do meu café-da-manhã.
só aqui, para registrar.

sábado, 24 de janeiro de 2009

A lei do ioiô.

Repetir o amor já satisfaz!

Estamos cansados de repetições, de coisas que vão e volta? Pois não deveríamos, porque será assim para sempre.
Vemos o efeito ioiô em quase tudo que nos rodeia e que fazem parte de nossas vidas, será que o mundo se cansa de novidades e se vê no dever de voltar no antes? A moda é uma das que mais está voltando em períodos de ouro de outrora. É lindo assistir o festival de retrô nas roupas, acessórios e calçados. E é claro que o que vestimos influencia todo o nosso cotidiano que trazemos a moda retrô para dentro de nossas casas, com eletrodomésticos dos anos 70 e com as cores fortes dos anos 80.
Em se falando em música, parece que sempre tem alguém querendo trazer para essa época o glamour do início do jazz [leia-se jazz, okay?!], a grandiosidade de criatividade da época da ditadura para a mpb de agora e a inventividade da bossa nova, que sinto muito pra quem tenta, não vai conseguir.
É lógico que como tudo, umas coisas dão certo outras, não. Sentimos feridos quando alguém erra em trazer uma época de volta. Mas no geral, está tudo indo bem! Será?

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Um comichão dentro de mim.

Quando ninguém mais consegue ver e o que antes era visão se transforma e um imenso clarão branco.

A minha curiosidade em saber o que se passa na cabeça de uma pessoa é enorme e às vezes me é perturbador. Ao terminar de ler “A Viagem do Elefante”, eu quis saber como se sentiu José Saramago ao terminar de escrever o livro, a minha curiosidade era tamanha que o quarto me ficou tão pequeno e logo depois a casa que não agüentei e saí pela rua. Andei e fui até a praça do centro de minha cidade, um lugar enorme, com muitas árvores, muitos bancos e me senti bem ali. Mas as perguntas e as curiosidades só aumentavam. Comecei a focar todo o meu pensamento na figura do escritor José Saramago, qual era as suas perguntas e curiosidades? O que ele fazia quando começou a escrever as primeiras linhas de “A Viagem do Elefante”? Quais eram as suas vestes, a luz do ambiente, as experiências vividas naquele dia? A minha mente viajou muito, por um bom tempo fiquei ali, horas olhando para imensa praça, horas olhando pro chão e horas ainda no movimento do ambiente. Aquilo seria um grande laboratório?
Quando li “As Intermitências da Morte”, me aconteceu à mesma coisa, só que na ocasião não dei muita liberdade pra minhas ideias como agora. Nas histórias do escritor, tudo é diferente do que você lê, a primeira impressão é de estranheza, muitos desistem já nas primeiras páginas de “O evangelho segundo Jesus Cristo” quando ele começa a narrar as várias "Marias" do mundo e suas dores. Mas eu fui curioso e queria sacar ou ter uma resposta para o que era aquele ser que escrevia aquelas belas histórias.
A cada novo livro eu me deparo com grandes questões sobre nós e sobre o mundo que nos rodeia. Saramago nos faz se incomodar com o estilo de vida de que vivemos e que tanto sonhamos.
O incomodo que existe dentro de mim agora é enorme.
Tudo o que você olha e ouve o deixa incomodado. Mas não seria o que Saramago vê e ouvi a sua grande inspiração?
As questões enormes que existem dentro de mim me comicham e me fazem ir até um caderno ou qualquer folha em branco para me aliviar um pouco, mas nem sempre as questões saem tão naturalmente no papel como elas existem dentro de mim.
O que Saramago provoca em mim, deve ser algo mais grandioso ainda do que eu possa imaginar.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Encontros.

A cultura se encontra em todos os lugares do mundo.

Uma conversa entre dois amigos apaixonados por viver.

A: Estive no México, e fiquei encantado com o amor que esses sentem pelo fado português.
B: Penso em ir ao México também, mas como assim eles são amantes do fado?
A: Sim, são. Até aprendem o português para cantarem nas praças e em encontros de amigos.
B: Isso é novidade pra mim. Fale-me mais do México?
A: Outra coisa que me surpreendeu e me chamou a atenção foi o movimento emo que há nas grandes cidades mexicanas, nunca fui contra esse grupo que muitos repudiam, mas não dava muita lida, olhando de perto pra os de lá, vi que são lindos e frágeis. Nada daquilo que a gente vê pela Europa e você aí pelo Brasil.
B: É muito lindo como cada coisa é encarado e sentido de forma diferente em cada lugar, né?
A: Pois é, querido. É por isso que cada vez mais sou apaixonado pela minha profissão.
B: Você me empolga cada vez que dá essa declaração.
A: A arquitetura, você ia gostar muito, de prédios baixos com no máximo sete andares algumas cidades vista de cima parecem uma maquete feita por igual. Alguns locais receberam influência da Europa e outros lugares se parecem muito com certas periferias do Brasil.
B: Pare, você está fazendo com que eu viaje aqui mesmo sentado em minha cadeira.
A: Paro, por hora. Pois o que quero mesmo, é que você saia daí e vá ao encontro do mundo.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

pense!




nem todo bem é para bem e nem todo mal é para mal.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

me leva até o olhar.

consome o quarto, o computador, as camas, os sofás, as poltronas, as ruas, as latas, as paredes, os lixos, as pessoas, as calçadas, as músicas, os amigos, as pizzas, águas, o tempero, o mal temperado, os gritos, a saudade, a espera, a escuridão, o tempo.
consomem você: o vazio, o cheio, a mudança, o cheiro, o trânsito, o mal cuidado, a aceitação, as filas, o caos, o ódio, a displicência, a rotina, vinte e quatro horas do seu dia, a esquina, o buraco, a demora, o rápido, o barulho, o alto falante, as buzinas, o calor, o esquecimento, à vontade, o querer demais, os copos, os sinais, a dor, o amor, o amor demais, o tormento, o exílio, dormir demais, ficar acordado demais, o trabalho, os livros, a faculdade, a mídia, a poluição visual.

e o consumismo nos leva.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Mudanças?

Não adiantaram os questionamentos interiores.

Sou uma pessoa que não se acostuma fácil com mudanças. Quando me mudei da casa de minha mãe para de meu pai (são separados), aquilo foi uma tortura, pensava: ter que deixar o meu quarto, meu banheiro, o grande quintal da casa de minha mãe com os cães pelo quase nem quintal de meu pai e nenhum cão, e a vizinhança da casa dele não me agradava muito, a cor da casa também, não. A cozinha era pequena demais e não havia outra vida viva, a não ser de meu pai.
Mas, depois de uma reuniãozinha com minha mãe e padrasto em que a pauta era a solidão de meu pai e quem deveria suprir as necessidades dele seria eu, resolvi então, ceder.
Mudei-me com “mala e cuia”. As adaptações demoraram um pouco, porém, cheguei colocando vida na casa dele. Trouxe dois vasos de orquídeas, a minha ideia era mais pra frente trazer um cão ou gato. Mudei as cores das paredes, portas e janelas, mudei as posições dos móveis. Dei uma cara “Fabiano” no lugar antes habitado por uma pessoa só. Fiquei por ali uns quatro anos, onde muitas coisas aconteceram, muitas idas e vindas.

E na vida quando você está acostumado com as coisas, algo acontece e muda toda a sua rotina.
Eis que, minha mãe precisa de mim, a mesma reuniãozinha com a mesma história. Poxa, eu estava super acostumado com a vida na casa de meu pai, e terei que mudar tudo pelos outros? Não adiantaram os meus questionamentos interiores e minhas caras e bocas, quando dei por mim já estava instalado na minha antiga casa.

Não que eu não goste de mudança, mas demoro a me acostumar, estando o fim de semana na casa de meu pai, percebi em mim, o quão difícil é ficar longe de meu pc, de minhas músicas e filmes, dos cães da casa de minha mãe, da manhã silenciosa e dourada que só se tem lá.

A semana inteira que ia ficar na casa de meu pai durou três dias e acabou com um longo beijo no rosto dele e as palavras, “um dia eu volto”.

sábado, 10 de janeiro de 2009

ele

difícil explicar. toda vez que nos enfeitiçamos por alguém, não sabemos definir exatamente a razão. no caso dele, consigo dizer apenas que, mal trocamos olhares, me senti inundar de alegria. foi um clique, um negócio mágico, que não classificaria propriamente de paixão. prefiro a palavra "amor". na verdade, um sentimento igual àquele só pode pintar quando você entende que você é você e que o outro é outro.

e por que ele? porque os homens receberam de Deus o direito de nomear o mundo. ele se chama ele pelo mesmo motivo de o verde se chamar verde, de o tigre se chamar tigre, de a pedra se chamar pedra, de björk se chamar björk com trema.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Caixinha de Segredos

Quem manda ter paciência para ouvir.

Não quero ser a caixinha de segredo de alguém para sempre, quero alguém para dividir segredos também, mas pra mim isso é tão complicado, penso ser por causa da educação que recebi, sempre fui aconselhado a não falar de minha vida para terceiros por ferir a dignidade.
A morte é a única certeza que temos, mas quando nos deparamos com ela, ficamos sem ação, sem rumo, sem folego como se tomassemos um murro bem forte na boca do estômago.
Depois de um dia de muita tristeza, cheguei em casa sozinho sem muito animo e coloquei o cd Jukebox da Cat Power pra ouvir, me alegrou a tarde.

Elefantes.

Estou tão feliz com o novo livro de Saramago, “A viagem do Elefante”, vocês tem que ler. É incrível a capacidade que Saramago tem de trazer coisas tão distantes para o nosso cotidiano.

“Grande, enorme, barrigudo, com uma voz de estarrecer os tímidos e uma tromba como não a tem nenhum outro animal da criação, o Elefante, nunca poderia ser produto de uma imaginação, por muito fértil e dado ao risco que fosse. O Elefante, simplesmente, ou existiria, ou não existiria”.

trecho do livro: A viagem do Elefante, José Saramago.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

A grande Piada!

A idéia de escrever ideia sem acento me assusta e me deixa sem idéias.
As mudanças nem sempre vem para o bem, foi o caso de tirar o acento da idéia.
Então a ideia ficou e o acento, retirou-se de cena.